terça-feira, 15 de novembro de 2005

EU MULHER - TENHO MUITO QUE ESCREVER SOBRE ISSO

Um “amigo” certa vez me descreveu assim: - meio tímida, sem ser; faz jogo, mas ao mesmo tempo não faz; é sincera. Fascinante!
Outro, chamou-me de:
“- bagunceira, arrumadinha”.

- Sou completamente desastrada para o amor. Geralmente amo quem não me quer, o mais difícil, o complicado. Conseqüentemente, sofro com terríveis crises depressivas tomadas por sentimentos de: frustração, incômoda sensação de incompetência, de rejeição. Isso faz de mim, uma mulher sedenta de amor, de paixão, de companhia, de parceria, de cumplicidade, de libído. Embora, não creia que esta forma de amor, esta, que o meu ser compreende, exista. Pois, essa compreensão só aceita uma forma de amar: Paixão arrebatadora, intensa, real, verdadeira, sem subterfúgios, ilimitado, consagrado, mundano e cândido tudo ao mesmo tempo sem contudo, chocarem-se.
Já tentei algo mais maduro, inteligente, racional, pragmático. Não me pareceu AMOR! ... Ainda tenho muita vontade e disposição para amar em todos os sentidos. Porém, me encontro solitária e prisioneira de mim mesma. Talvez, quem sabe, como forma de proteção. Sabendo que sou impetuosa e exageradamente espontânea; me escondo dentro de casa, delimito meu espaço de circulação. Não que eu não queira voar, e voar alto, sentir a brisa bater em meu rosto causando-me a sensação maravilhosa e divina de liberdade. Quero, e quero muito! Deus sabe o quanto quero. Mas, é mais racional, socialmente aprovado o "aprisionamento". Pois os meus turbulentos e vulcânicos sentimentos geralmente me conduzem por caminhos que podem causar mais dano do que o que a solidão a que me propus. Sem opção de amar, sem vida no sentido amplo da palavra. Assim, é mais "fácil". Sou aprovada socialmente, sou mencionada como uma pessoa centrada, cumpridora de meus deveres, ajuizada, sou até admirada. Como se eu me lançasse sincera e deliberadamente à busca do amor, Como faço livremente em meus devaneios, fosse desonroso. Logo, só essa forma difícil de ser compreendida e apreendida me resta, como única opção de me preservar socialmente. Será isso honroso?

Em 1983, eu estava separada do pai das gêmeas, elas estavam com 2 anos de idade. aí na empresa que eu trabalhava - Ouro Fino Importadora e Exportadora de Café, um alemão se interessou por mim.

Nos ofereceu um passeio para uma das Ilhas de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, lindíssimas. Fomos com direito a todas mordomias, hospedagem, alimentação, passeio de barco e tudo o mais. Foi maravilhoso. Aí, durou pouco. Eu, como não tinha segurança, tinha uma baixa auto-estima, não fiz nada quando uma outra que trabalhava na mesma empresa deu em cima dele e levou. Poderia ter sido diferente a minha vida e a de minhas filhas ou não ?? Quem saberá!!