sexta-feira, 5 de junho de 2009

REVIRANDO CAIXAS E GAVETAS

"A Mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original." Einstein.

Decidi fazer
terapia, com determinação e disciplina, a fim de me reecontrar ou quem sabe, encontrar. Desde o dia 09 de janeiro de 2009, venho sendo acompanhada.

O Psicanalista me disse que a psicanálise é comparada a um trabalho de arqueologia e
a cada sessão, venho tendo essa sensação. Claro que nossos traumas, medos, etc... estão baseados no que passamos durante a vivência. Daí...

Voltando ao passado revirando pastas e caixas antigas onde guardo boas e más recordações, deparei-me com a seguinte pergunta:

Tenho vergonha do meu passado, ou medo de voltar sentir antigas dores ?

Por que tento esconder as cicatrizes das lutas?

Na Idade Média

"Nos reinos germânicos, havia um exército especializado, cuja força se baseava na infantaria. Possuíam poucas armas defensivas. Uma delas era a lança com cabo de madeira e ponta de ferro. Também utilizavam o machado de combate e a maça. O guerreiro germânico exibia com orgulho as cicatrizes das suas feridas como se fossem medalhas. Em campo aberto, eram capazes de vencer as legiões romanas, porém, não tinham condições de conquistar as fortalezas, já que não possuíam máquinas de assalto adequadas."

"Através da luta a alma alcança a profundidade espiritual"
"Lute pelo que está planejando fazer, o momento é próprio para o sucesso".

Até que ponto concordo com tudo isso ?

REVIRANDO GAVETAS:
Encontrei escritos antigos feitos em momentos variados.

1- Este escrevi em 09 de agosto de 2001. (Em um dos vários encontros sobre Planejamento Pessoal/Desenvolvimento Humano; promovidos pela ONG onde sou funcionária, encontros que eu mesma era responsável por toda logística). Segue abaixo seu conteúdo.

Nome: Adna

Significado: Na bíblia (Adna Hebraico - Prazer. 1 Crônicas 12.20.). Aparece também, como nome de generais e de chefes dos exércitos de Davi.

Nasci final dos anos 50 (não sei muito ainda sobre eles). Atravessei os anos 60 e 70:

  • Libertação feminina;
  • busca por liberdade;
  • hippes;
  • protestos;
  • política;
  • ditadura;
  • AI5;
  • grito por liberdade;
  • censura de morte...
  • Bisneta de escravos,
  • neta do ventre livre;
  • africana, italiana, portuguesa, mameluca.
  • Anos 80 e 90:
  • - opressão militar;
  • - democracia;
  • - baderna;
  • - Diretasjá;
  • - Corrupção;
  • - ladrão;
  • - de novo a morte e com ela se vão:
  • . dignidade;
  • . sonhos;
  • . liberdade;
  • - respeito humano;
  • - sentimentos;
  • - o amor a
  • - paixão...

Novo milênio, e quem eu sou???

  • Acreditei em tudo e por esses me dei por inteiro;
  • Acreditei no meu país, me dei por ele;
  • Acreditei no profissional, e o que é isso? É deixar de ser humano??
  • Acreditei na família - Falhei. Em que ??
  • Acreditei no amor, na paixão. Tudo mentira ?
  • Acreditei no amanhã... E hoje? O que é ?
Quem sou eu? - Que confusão... !!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

COMPREENDENDO MEUS CONFLITOS

Como já relatei, decidi fazer terapia depois de uma conversa co meu irmão Odílio numa viagem à Bahia em dez/2008.

Ao chegar em Fortaleza, onde moro, liguei para o consultório de uma psicóloga amiga e como ela não estava nesse dia, sua atendente me deu o número de um outro psicólogo, procurei e marquei a primeira consulta para o dia 09/01/2009.

Providencialmente o plano de saúde pago pela empresa que sou contratada desde 1991, cobre todas as consultas, iniciei então o tratamento no dia 09 de janeiro de 2009. Todas as sextas-feiras, às 11:00h da manhã lá estou. No início foi como um desaguar das coisas que eu imaginava fossem a razão de tanto mal estar: filhos adolescentes, rotina de casa, etc.
Chorava em todas. Depois de algumas semanas iniciou-se uma compreensão de que estas eram pequeninas farpas indolores, diante dos reais motivos; antigos, guardados e escondidos como se não mais existissem.


Passamos então falar sobre minha infância, adolescencia, juventude. Como tinham coisas guardadas que eu acreditava não lembrar mais. Mas, que nada me deparava com cenas tão vivas e tão presentes como se estivessem ainda acontecendo...